NOVA CASA DO RUBENS

É um espaço - não oficial e não patrocinado - criado pelo artista Rubens Curi dentro de seu apartamento.
Além de ser o estúdio do artista, possui um mini-teatro, à la cabaret, com capacidade para 30 pessoas.
A idéia nasceu da necessidade de autonomia para o desenvolvimento de criações, apresentações e mostras experimentais.

COMUNICADO

As atividades do Espaço Nova Casa Do Rubens estão encerradas.

Entre 2010 e 2016, quantos artistas, amigos, parceiros e visitantes proporcionaram noites memoráveis! Grato à todos!

Este blog não será mais alimentado, mas continuará ativo, como registro de tudo o que passou pelo NCDR.

Por gentiliza, para fazer contato comigo:

rubensmcuri@gmail.com

https://www.facebook.com/rubens.curi

(11) 3284-9581 / (11) 94213-2483 (vivo/whatsapp) / (11) 98727-2113 (tim)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ProCOa 2010 VEÍCULO#2

Convidado pelas artistas Lucia Py e Mônica Nunes, sinto-me honrado em participar deste projeto de fundamental importância.

A publicação ProCOa 2010 VEÍCULO#2 está belíssima!


Clique e veja o VEICULO#2 ou faça o download

PROJETO CIRCUITO OUTUBRO ABERTO
5ª edição do Projeto Circuito Outubro Aberto,
movimento de abertura de ateliês de artistas plásticos
Organizador Curatorial: Olivio Guedes

PROCOa 2010
ESPAÇOS PARA REFLEXÕES DO CONTEMPORÂNEO
De 1º a 31 de Outubro

O PROCOa 2010 Projeto Circuito Outubro aberto surgiu de um movimento de abertura de ateliês de artistas plásticos residentes em São Paulo para dar acesso ao processo de pesquisa, desenvolvimento e construção da produção artística como um todo, que teve como concepção e curadoria Risoleta Córdula( 1937-2009).

Neste ano de 2010, com a organização curatorial de Olívio Guedes,
ocorrerá paralelo a 29ª Bienal Internacional de São Paulo.

Os participantes do circuito em 2010 mantém seus ateliês em diferentes bairros da cidade e advêm de diversas áreas: artistas nas diversas trajetórias e mídias, críticos, pesquisadores e marchands. Esta variedade de caminhos, pesquisas e experimentações, amplia a reflexão para a arte hoje.

Os 14 artistas participantes:

LUCIA PY - ESPAÇO / ARTE
Rua Zequinha de Abreu, 276, Pacaembú, CEP 01250-050 - São Paulo, SP - Brasil
http://www.luciapy.com.br/luciamariapy@yahoo.com.br

CILDO OLIVEIRA - ESPAÇO ATELIER
Rua São Paulino, 249 / 32, Vila Mariana, CEP 04019-040 - São Paulo, SP - Brasil
http://www.cildooliveira.com.br/cildooliveira@terra.com.br

RUBENS ESPIRITO SANTO - ATELIER DO CENTRO
Rua Epitácio Pessoa, 91, República, CEP 01220-030 - São Paulo, SP - Brasil - (11) 3129-3977 e (11) 9537-5396
http://www.cabana.art.br/rubens.e.s@terra.com.br

RUBENS CURI - NOVA CASA DO RUBENS
Largo do Paissandu, 51, Centro, CEP 01034-010 - São Paulo, SP - Brasil
novacasadorubens.blogspot.comnovacasadorubens@gmail.com

FERNANDO DURÃO - ESPAÇO ATELIER
Rua Maria Paula, 279 cj 701, Bela Vista, CEP 01319-909 - São Paulo, SP - Brasil
fernandodurao@terra.com.br

MONICA NUNES - ESPAÇO ATELIER
Rua Marco Aurélio, 398 / 3, Vila Romana, CEP 05048-000 - São Paulo, SP - Brasil
quandopassarosporaqui.blogspot.commonicanunes_artes@ig.com.br

ANGELA MAINO - ESPAÇO ATELIER
Rua Marco Aurélio, 398 / 2, Vila Romana, CEP 05048-000 - São Paulo, SP - Brasil
angelamaino.blogspot.comangelamaino@gmail.com

PAULA SALUSSE - ESPAÇO ATELIER
Rua Casa do Ator, 664, Vila Olímpia, CEP 04546-002 - São Paulo, SP - Brasil
psalusse@uol.com.br

CARMEN GEBAILE - ESPAÇO ATELIER
Rua Francisco Alves, 407, Lapa, CEP 05051-040 - São Paulo, SP - Brasil
carmengebaile@yahoo.com.br

GERSONY SILVA - ESPAÇO ATELIER
Alameda Jaú, 1528, Jardim Paulista, CEP 01420-004 - São Paulo, SP - Brasil
http://www.gersony.com.br/info@gersony.com.br

LUCIANA MENDONÇA - ESPAÇO ATELIER
Rua Mal. do Ar Antônio Appel Neto, 209, Morumbi, CEP 05652-020 - São Paulo, SP - Brasil lucianamendonca@me.com

LUCY SALLES - ESPAÇO ATELIER
Rua Sampaio Vidal, 794, Jardim Paulistano, CEP 01443-001 - São Paulo, SP - Brasil
lucyx@terra.com.br

PITTI MARRONE - ESPAÇO ATELIER
Rua Dom Paulo Pedrosa, 586, Real Parque - CEP 05687-002 - São Paulo, SP - Brasil
pittimarrone@terra.com.br

THAIS GOMES - ESPAÇO ATELIER
Rua Casa do Ator, 664, Vila Olímpia, CEP 04546-002 - São Paulo, SP - Brasil
ppptag@uol.com.br

OLÍVIO GUEDES - Organização Curatorial • olivioguedes@terra.com.br

Blog ProCOa2010: http://procoa2010.blogspot.com/p/veiculo-ii.html

PEGASUS II DESVARIO - temporada 2011



O Alado Cavalo símbolo é de criadora imaginação.
Grega mitologia diz ter nascido do sangue de Medusa, quando decapitada por Perseu.
Atena o domesticou e a Belerofonte presenteou para que combatesse a Quimera.
Vivia no Parnaso, Hélicon, Pindo e Piéria, lugares pelas musas freqüentados. 
Com um coice fez nascer Hipocrene, a fonte inspiradora dos poetas.
Transformado em constelação, a serviço de Zeus está.


       PEGASUS II DESVARIO é composto de textos e canções escolhidos de forma a versar, tanto sobre o que aprisionava Pegasus, e que ele deixou para traz ao saltar do sangue que jorrava do pescoço de sua mãe, a Medusa, como sobre o que ele representa de possibilidade, por ser símbolo da inspiração poética e da criatividade espiritual. Pegasus: o Alado, símbolo de renovação e do movimento espiritual, em contraponto à Medusa: a incapaz de amar, cruel e terrível castradora, símbolo da estagnação. O Espetáculo declina de levar a encenação da história de Pegasus, para divagar poeticamente sobre o conflito nela presente.


       PEGASUS II DESVARIO tem em seu repertório para escolha vinte e sete pequenas cenas (onze textos e dezesseis canções), sendo que é composto de quinze cenas. Oito destas cenas (quatro textos e quatro canções) são escolhidas pelo público antes do início do espetáculo. Este formato, além de incluir efetiva conexão com o público, gera uma dinâmica renovada a cada apresentação.
       Os textos, escritos por Rubens Curi, e as canções, de vários compositores, em quatro idiomas, abordam temas como liberdade, autoridade, corrupção, saudade, consciência, amor, medo, humanidade,... por viés instigante e questionador, provocando a reflexão.
       A interpretação das canções, à capela, tem o intuito de quebrar linearidades, explorando pausas, tempos, nuances e estados interpretativos sempre em mutação.
       Com 24 anos de carreira (Diretor de Espetáculo, Artista Plástico, Ator, Escritor, Coreógrafo e Videoartista), Rubens Curi propõe que PEGASUS II DESVARIO seja, talvez, o espelho, o escudo polido dado a Perseu por Palas Atena, estratagema da inteligência que possibilita a decapitação da Górgona, através do seu reflexo, sem ser petrificado pela “ousadia” de ter dirigido o olhar a “ela”.
       O Espetáculo está em sua terceira fase, após vinte e cinco apresentações em 2010. A primeira (O Nascimento), de junho a setembro de 2010, e a segunda (A Formação), de outubro a dezembro de 2010, tiveram um caráter work in progress, sendo que na segunda fase houve importantíssima interferência na direção, conduzida por Gandia Silva e Elke Maravilha. Após experimentos com figurino, maquiagem, cenografia, iluminação, repertório, interpretação, PESASUS II DESVARIO inicia sua terceira fase (A Jornada).
      

       A TÍTULO DO TÍTULO: “Em 2007, movido pela necessidade de novos caminhos expressivos iniciei o trabalho com os textos e canções (vídeos também). Para desenvolver a idéia, nada melhor do que criar um projeto - mas que nome teria? Antagonicamente, nesse período sentia que meu processo criativo andava estagnado pela rigidez. Na busca de compreensão daquela sensação de petrificação, lembrei-me do mito da Medusa e, ao me lançar à pesquisa, descobri Pegasus sendo libertado pelo herói Perseu. Imediatamente compreendi o sentido daquela libertação e, ato contínuo, disse: PEGASUS, este é o nome do projeto – e segui trabalhando. Alguns meses depois, abalroado por um desamoroso “medo do ridículo”, cheguei a pensa ser uma insanidade seguir com o projeto – uma quimera, talvez. Para colocar um ponto final na estagnante dúvida, pensei: vou para a rua, e se este for realmente o caminho a seguir, receberei um sinal inequívoco. Já no elevador, uma alegre senhora perguntou, de chofre: Você vai cantar hoje? Respondi: vou... Atônito, e conduzido por lá sei que estado de consciência, interrompi a caminhada diante de um ponto de ônibus. Meu olhar foi atraído pelo chão onde havia uma grande placa de ferro, daquelas que ocultam à fiação de telefonia, onde li, em letras garrafais? PEGASUS!!! Foi uma comoção – locupletou-me a certeza do seguir adiante.
       Em final de 2008 lancei um embrião, bem caseiro, do projeto: o PEGASUS I. Consistia de trinta peças, confeccionadas por mim, com dois CDS cada, um com textos em vídeos e outro com canções. Distribui aleatoriamente, para algumas pessoas.
       Em meados de 2010, já morando aqui no Largo do Paiçandú e com o NCDR recém nascido, recebi a visita das artistas Lucia Py e Mônica Nunes que me convidaram para participar do ProCOA2010, Projeto Circuito Outubro Aberto, importante publicação de arte. Para tal, Lucia queria fotos minhas, atuando. Aceitei e decidi criar um espetáculo especialmente para o projeto – PEGASUS II DESVARIO. Por que DESVARIO? Bem, para saber, só assistindo o espetáculo!”


REPERTÓRIO

TEXTOS (Rubens Curi): A CARRUAGEM – CHUVINHA - ESTA MORTO E NÃO SABE - ENTENDER FOSSE - MATILDA E FRANCOCINEIDO – MENTIRAS - NÃO É MESMO? - ODIO NOSSO DE CADA DIA - PACTO PARA ENGRAVIDAR JUNTAS - PORCOS NA IDADE MÉDIA - VELHA DECRÉPITA

CANÇÕES: A LENDA DE PEGASO - Jorge Mautner / AERETIKOS - Cezar Altai / A SAUDADE MATA A GENTE - João de Barro e Antônio Almeida / BALADA PARA MI MUERTE - Astor Piazolla e Horácio Ferrer / BASTA UM DIA + PÉROLA - Chico Buarque - Sueli Costa / FUTUROS AMANTES - Chico Buarque / LÁGRIMAS NEGRAS - Jorge Mautner e Nelson Jacobina / L’AMOUR A TOUT LE DROIT - Ismaël Lô / LA VIE EN ROSE - Louiguy e Edith Piaf / MAIS QUE A PAIXÃO - Egberto Gismonti/João Carlos Pádua / NA CAMA - Naila Skorpio e Sonia Burnier / NATURE BOY - Eden Ahbez / PREGUIÇA - Cezar Altai / SUMMERTIME - George Gershwin / UM HOMEM COM UMA DOR – Itamar Assumpção / VA SAVOIR – Mokaiesh


FICHA TÉCNICA

Criação e Interpretação: RUBENS CURI
Cenário e Figurino: RUBENS CURI
Desenho de Luz: MAURÍLIO DOMICIANO
Operação de luz e som: MAURÍLIO DOMICIANO ou MARÍLIA CAVALHEIRO
Trilha Sonora: RUBENS CURI
Produção: NOVA CASA DO RUBENS
Agradecimentos Especiais: à GANDIA SILVA e ELKE MARAVILHA (nortes para a direção)
Duração: 60min / Faixa Etária: 14 anos

Apoio:
COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA / Cantina PIOLIN / Restaurante PLANETA’S


SERVIÇO:

DIAS: Todas as terças-feiras.
          *Para outros dias, agendar grupos com antecedência.
HORÁRIO: 20h00 (aberto a partir das 19h00 – com boteco)
LOTAÇÃO: 30 pessoas
INGRESSOS: R$ 40,00 – A meia, R$ 20,00, é para TODOS - Quem desejar pagar qualquer valor entre a meia e a inteira, fique à vontade.
LOCAL: Nova Casa Do Rubens - Largo do Paissandu, 51, AP 1602A, Centro, São Paulo/SP

Para IMPRIMIR flyer com desconto: click no link acima - na imagem que abrir, click lado direito do mouse e imprimir

Próximo Metrô República e São Bento – Estacionamento 24hs na Av. São João, 597
Consulte localização, estacionamento e trajetos no início do blog.

Espaço está aberto a partir das 19h00 (com bar)
*O Espaço não trabalha com cartões de crédito e/ou débito.


Reservas-Informações-Agendar Visitas:
(11) 3284-9581 / 9737-4043 novacasadorubens@gmail.com

domingo, 1 de agosto de 2010

Oficina de DANÇA-TEATRO com LÍCIA MORAIS

Oficina de Dança-teatro segundo o processo Bauschiano

com Lícia Morais 
discípula de Pina Bausch no Wuppertaler Buhenen, Alemanha, na unidade Tanztheater Wuppertal

O Processo Pinabauschiano é um processo que recupera pontos importantes da criação artística levando em consideração fatores constituintes do processo criativo na arte: sensibilidade, flexibilidade, fluência, originalidade, capacidade de análise e síntese, coerência de organização e lógica. Também traz pontos relevantes das Ciências Humanas que propiciam o ingresso do criador-executante no campo político-social, levando sentimentos e emoções a configurarem um ato poético autoral. Tem como pano de fundo “questões geradoras”. As ações realizadas mostram-se como condição promotora de fortalecimento e construção de identidades. O resultado deste processo é um texto cênico no qual os executantes-criadores deverão refletir e amarrar cenicamente suas imagens pregressas envoltas em significados de opiniões próprias.

Esta oficina capacitará os criadores e diretores pedagogicamente a seguirem o trabalho até um resultado cênico finalizado, com possibilidades de continuidade pelos interessados.

A QUEM SE DESTINA:
Atores e bailarinos com experiência comprovada
Diretores interessados na linguagem de dança-teatro

Mandar breve currículo com telefone de contato para leticiaolivares@uol.com.br

10 vagas para criadores-executantes
5 vagas para diretores-observadores

SERVIÇO

Dias: Dias 21 e 22/08
Horário: das 09h às 18h / Carga horária 16h
Valor: R$200,00
Podendo ser dividido em duas vezes, com a primeira parcela (R$100,00) no ato da inscrição e a segunda(R$100,00) no primeiro dia do curso.
Local: Nova Casa do Rubens. Largo do Paissandu, 51, AP 1602A, Centro, São Paulo/SP
http://novacasadorubens.blogspot.com

Informações e inscrições: 11 26282930; 11 93017223 com Leticia

Lícia Maria Morais Sánchez



É bailarina, coreógrafa, diretora, pesquisadora e professora. Formou-se em dança pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia – UFBA, com especialização em dança-teatro no Tanztheater Wuppertal, na Alemanha, dirigido por Pina Bausch, de quem se tornou discípula. Fez seu mestrado no Instituto de Artes da Unicamp e o doutorado na ECA-USP. Participou, como integrante-coreógrafa do grupo Etsedron de Arte Integrada, de performances nas edições de 1977 e 1979 da Bienal Internacional de São Paulo. Nos anos de 1970 e 1980, foi diretora-coreógrafa do premiado grupo Dança-Jornal. É membro do corpo do Balé do Teatro Castro Alves – BTCA–, de Salvador, do qual é coordenadora do Núcleo de Pesquisa, Memória e Documentação. Seus trabalhos mais recentes como coreógrafa-pesquisadora foram Orfeu da Conceição (Unicamp, 2000); Tua Outra Cabeça Tua Outra Memória (Unicamp, 2001); Quarteto em Diagonal – Heiner Müller, Memória e Candomblé (ECA-USP, 2003); Cuidado Frágil – módulo I (formandos da ECA-USP, 2005); Prólogo da Descoberta do Simbólico I (codiretora, pesquisa premiada com a Bolsa Vitae de Artes, 2005); Prólogo da Descoberta do Simbólico II (espetáculo das Oficinas Culturais do Governo do Estado de São Paulo, 2006); O Que Não Foi (formandos da ECA-USP, 2007) e Malungo (BTCA, 2007).

Realização
Leticia Olivares

Apoio
Rubens Curi

sábado, 31 de julho de 2010

PUBLICAÇÃO DO ARTISTA - ATO II


REGINALDO FRANCOLINO 
e suas
SENHORAS BENZEDEIRAS


"A pessoa tem que ter muita fé naquilo que faz e em que acredita.
Curar é um dom que Deus deu para que possa fazer o bem às pessoas
que tem problemas de dores nas costas, quebrante, olho gordo, indisposição e por ai vai...”
DONA VILMA DA SILVA FERREIRA, 73 anos, Benzedeira.


O menino foi levado e o menino foi benzido. O menino que gostava de desenhar na areia do campinho de futebol viu e soube da qualidade e da autoridade do feminino que cuida, que abençoa, que protege. A “Grande Mãe” estava lá, naquela benzedeira da infância, a Dona Zisuina, e aqui também, neste “Panteão de Benzedeiras” que nos revela as várias personalidades, essências, maneiras, expressões, fisionomias, energias do ser que cura com uma autoridade que não lhe foi concedida por nenhuma instituição oficial, mas veio diretamente da fonte, seja ela Deus, Natureza, Universo, Destino, Todo ou outro nome qualquer.


Esta é a grande mensagem das Benzedeiras de Francolino, que são variações de uma matriz: a benzedeira da infância que o impressionou pelo seu olhar impregnado de fé, piedade, compaixão, sabedoria, seriedade, e comprometimento com a cura e as “verdades ocultas, místicas”.


Ah, o olhar! Este é o fio condutor desta série de Francolino. O que viu aquele menino que tanto o impressionou e que desaguou nestas Benzedeiras? O místico, a sabedoria, a generosidade, a caridade? A elegância estranha, aquela que vem de dentro da alma e se mostra pelas suas janelas, os olhos? A autoridade de quem legitima a si mesma, baseada na vivência e na necessidade do outro de ser cuidado, protegido, limpo? O respeito de quem viu mais do que havia para ver, de quem sabe do terrível e do maravilhoso? O olhar destemido que revela a coragem de quem enfrenta o “mal” em nome da “luz”?


Francolino aborda estes olhares de forma assimétrica. São pares de olhos que em si são dois, diferentes: os dois lados da moeda, os dois lados da vida, claro e escuro, luz e sombra, trevas e verdade, ignorância e sabedoria, medo e liberdade. – Há um diálogo aí! E nele, a comunicação se faz grave e amorosa, séria e afetiva – e neste caminho, a Benzedura!


Mães, Irmãs, Avós, Vizinhas, Comadres... Africanas, Européias, Brasileiras, Asiáticas, Indígenas... Não importa! São mulheres conhecidas nas comunidades em que vivem e que usam a oração e os elementos da natureza como forma de cura das doenças físicas, sociais e espirituais, caracterizando uma maneira ritualística, mítica e simbólica de cuidar. São pontes entre a realidade concreta da vida e os mistérios da subjetividade humana.


A elegância das almas destas mulheres, Francolino expõe na sofisticação dos trajes e enfeites que comunicam a beleza espiritual – a harmonia mística, ética e estética necessárias a uma boa benzedura.
Os elementos gráficos nos levam às origens deste mundo mágico. Planetas, galáxias, sistemas solares, novas e velhas estrelas, órbitas, meteoros e asteróides – uma cosmogonia impregnada nas “vestes” da “Grande Mãe Curativa” que ao mesmo tempo também nos mostram contas, rendas, folhas, ibiris, rosários, gotas, ervas...


O traço forte e “sujo” na saudável medida necessária à Arte – certeiro e hermético, definido e incerto – arrebata pela espontaneidade e honestidade!
O nanquim, negro, sobre o branco papel couché, se reveste de brilho noturno e também se inverte, revelando o dia, a luz – criativa dança entre o sagrado e o profano.


As obras despertam em nosso imaginário a representação de um universo que se estende para além das representações intelectuais e cognitivas.


A prática da Benzedura tem elementos tanto do catolicismo como das práticas indígenas e da herança africana. Difícil saber ao certo onde termina a influência de uma cultura na outra. Tudo se mescla numa combinação benéfica de cura, principalmente em nosso País, o Brasil, onde a riqueza da diversidade cultural e a generosidade intrínseca à miscigenação potencializam as expressões do sagrado e do místico através de rituais, práticas e dogmas, nascidos desta multifacetada realidade cultural e que passam de geração em geração.


Francolino, Brasileiro, Masculino, Negro, 52 anos, vem atuando junto a diversos movimentos de manifestação cultural Afrobrasileira. Ele, em seus trabalhos, explora temas e signos da cultura negra, mostrando o quanto as contribuições culturais, sociais e religiosas desta cultura estão presentes em nosso cotidiano, de maneira ampla e enraizada.

Neste caminho, o artista nos presenteia com a visão da força espiritual das Benzedeiras, acrescida da forte influência da Mulher Africana, que através dos rituais, palavras, gestos, sons, objetos, cânticos e movimentos, curam, limpam, salvam, encaminham o ser humano, reconstruindo e recriando a vida e o mundo ao seu redor. Tanto na África como aqui ou em qualquer lugar do mundo é ela, a Mulher Negra, a mais significativa detentora da Energia, do Axé.


Reginaldo Francolino desenvolve trabalhos de pintura, desenho e xilogravuras em Guarulhos-SP, município onde reside.
- Nos anos de 1985/1988 participa do Centro de Conscientização do Negro, onde eram debatidas e encaminhadas aos órgãos públicos competentes, questões sociais relativas à população negra do município.
- No período de 1992/1993, colabora com ilustrações para o Jornal do Conselho da Comunidade Negra - SP.
- Participa em 1992 da organização de palestra/debate na Câmara Municipal de Guarulhos sobre o tema – Negro e Cidadania – na qual compõe a mesa como mediador. Este evento teve como convidados, entre outros, o escritor e sociólogo Clovis Moura, o Psicólogo e criador da Psicoterapia de Libertação Dermeval Corrêa de Andrade e representantes de entidades de classe do Município de Guarulhos.
- Recebe no ano de 1995 do Presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, Sr. Wanderley Simone Figueiredo, diploma de Honra ao Mérito em homenagem ao 3º Centenário de Morte de Zumbi dos Palmares. O citado certificado é pelos serviços prestados a comunidade afrodescendente.
O artista explora em seus trabalhos temas e signos da cultura negra, procurando levar o observador de suas obras à reflexão sobre o assunto, ao mesmo tempo em que busca mostrar o quanto esta cultura está presente em nosso cotidiano, de maneira ampla e enraizada, contribuindo com suas expressões culturais, sociais e religiosas.
Dentro desse objetivo vem realizando algumas exposições:
- Em 2003 juntamente com a Organização para Desenvolvimento Sócio Cultural da Comunidade Afrodescendente de Guarulhos – ODESCCA – realizou uma mostra referente ao dia internacional da mulher.
- No mesmo ano em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura realizam a exposição – Impressões – Negras Imagens.
- O Festival Afrikambo do Centro Cultural Àdìmulà ilê Asé Órisà do Centro Cultural Africano, ocorreu no mesmo ano de 2003 e também contou com a participação do artista e suas obras.
- Em 2009 marca presença com seus trabalhos e sua temática na Conferência de Promoção da Igualdade Racial de Guarulhos e Região, sempre com propostas que buscam fomentar a importância da cultura negra no Brasil.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

AMALIA - O Fado Acontece


SUELI VARGAS
Edson Vargas (violão) e Pratinha (bandolim)
em
AMALIA - O FADO ACONTECE



AMÁLIA RODRIGUEZ, (1920-1999), estréia como fadista em 1939, ou seja, há exatos setenta e um anos. Cinco anos depois, é convidada a cantar no Cassino Copacabana (Rio de Janeiro) por três meses e no ano seguinte grava, no Brasil, o “primeiro” (78 rt) dos 170 álbuns lançados durante toda sua vida. A partir daí entre muito sucesso, prêmios e viagens pelo mundo, a relação com o Brasil se estreitou tanto, que em 1961, casou-se com César Seabra (português, radicado no Brasil), no Rio de Janeiro e o Brasil tornou-se sua segunda pátria, como disse em depoimento para a Revista do Radio em 1962 “...em seguida, regressarei ao Brasil e não me afastarei durante alguns meses deste país que se tornou minha segunda pátria e de que tanto gosto. Voltarei à Copacabana quando os raios do sol quente estiverem acariciando a areia.”
SUELI VARGAS, cantora Araraquarense, dona de uma voz potente e emocionada, morou por 10 anos em Portugal, onde se aproximou com paixão da arte do fado, apresentando-se com sucesso por toda a Europa. Inspirando-se na trajetória desta grande “diva” e dos seus laços com o Brasil, criou o espetáculo “AMALIA” O espetáculo, onde Sueli está acompanhada por Edson Vargas (violão) e Pratinha (Bandolim) quer fazer acontecer no repertório que tem entre tantas maravilhas: “Lágrimas”, “Estranha forma de vida”, “Mouraria”... um repertório recheado de emoção, e que também traz a alegria quase brasileira de pertencer à uma autêntica “Casa Portuguesa”.
E como Amália dizia:
“Fado não se canta, acontece...”

Local: Espaço Nova Casa Do Rubens
Largo do Paissandu, 51, ap 1602A, Centro, São Paulo
Data: 13 de agosto de 2010 – 20h30
Espaço aberto a partir das 19h00 (com bar)
Ingresso: R$ 30,00 inteira – R$ 15,00 meia (A meia entrada é para TODOS. Quem desejar pagar
qualquer valor entre meia e inteira, sinta-se à vontade)

Apoio: Cooperativa Cultural Brasileira – www.coopcultural.org.br

Informações: (11) 3284-9581
novacasadorubens@gmail.com - http://novacasadorubens.blogspot.com


O Espaço não trabalha com cartões de débito ou crédito.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PUBLICAÇÃO DO ARTISTA - ATO I


MICHELA BRÍGIDA
repórter fotográfica

FOTO E POESIA


Vídeo registro da participação de Michela Brígida na exposição de imagens na Festa de Artes Múltiplas “ClaroEscuro”, realizada no Centro Cultural Cordão do Bola Preta, Rio de Janeiro/RJ, em 05-06-2010, para o lançamento do videoclipe “Incomunicável”, do cantor e compositor Pedro Moraes.
Canção: Xote de Manhã (Pedro Moraes)
Imagens e poema abertura: Michela Brígida
Montagem: Pedro Moraes



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Então, justamente...
Não tem como ser diferente, né?
Tem vezes que palavras não bastam...
Por nada!

OCUPAÇÃO
Crianças brincam com máquina de escrever esquecida em desocupação
de moradores de uma favela embaixo de viaduto no ano de 2002.
Foto e Poesia: Michela Brígida / Portal CLICK

Essa constatação foi a semente para o início do projeto FOTO E POESIA, que começou despretensiosamente, quando havia tempo para se fazer arte.
O resultado é emoção aflorando em palavras e imagens que se ilustram e se complementam umas às outras, em um movimento cíclico.
A idéia começou com a escolha de fotos (feitas para trabalhos comerciais e projetos autorais) para serem apresentadas junto a poesias. Assim, começou a ser possível uma interpretação com respeito às fotos feitas no dia-a-dia de profissional fotógrafa.
Dessa maneira é possível “alargar” os aspectos factuais das fotografias, de forma que tanto as imagens como os textos cheguem a algum lugar especial na mente ou no coração das pessoas.
Por isso, o resultado é uma miscelânea composta com temas selecionados de acordo com o sentimento que evocam.
Junto a cada poesia um breve TL (Texto Legenda, no jargão jornalístico) vem narrar o fato associado à imagem escolhida. Também alguns links são oferecidos como sugestão de temas ligados ou de aprofundamento nos conceitos que as imagens introduzem.



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ÂNSIA DE VIVER

Minha garganta foi cortada na infância enquanto eu dormia
Eu mesma paguei para que me arrancassem os dentes anos depois
Emprestei dinheiro para a morte
Dancei alegre quando meu próprio sangue derramei

Hoje eu canto a falta de algo, alguém
Fecho os olhos, sossego essa minha ânsia de viver
Esqueço um pouco a violência do mundo

Todo dia, sem me machucar mais, aguardo meu amor chegar
É bem melhor assim
Mas ainda dói muito

COMPANHIA
Na manhã ensolarada do inverno de1997 em Veneza,
o italiano tem as pombas como companhia enquanto lê o jornal dominical.
Essa imagem é apresentada em áudio slide show junto a outras fotografias
do portfólio da jornalista Michela Brígida, no site http://www.michelabrigida.com.
Foto e Poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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AMAR

Somar-se
ao curso
e só,
no mar

Percursos
do som no ar
somam se
há mar pra se amar

E somar

PIANO NA PRAÇA
Detalhe de piano registrado durante apresentação do projeto
Piano na Praça em 2009, que começou como uma das atrações
da primeira edição da Virada Cultural realizada na Praça Dom José Gaspar.
Depois se transformou em um projeto permanente
da Secretaria Municipal de Cultura.
Atualmente acontece de 15 em 15 dias com grandes pianistas
e jovens músicos se apresentando nessa agradável praça,
que tem acesso pela avenida São Luis.
Mais fotos do Projeto Piano na Praça e outras imagens de espetáculos:
Foto e Poesia: Michela Brígida /Portal CLICK


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SER MULHER

Ser eu
mulher
É ser além
Do eu que quer
Da vida
Ser um presente

No futuro, ainda
Serei uma imagem
Feminina
Do passado

Hoje, não fosse
as certezas
que destruo
Dia-a-dia,
Não seria
Eu mesma

Mulher

Voz
Feminina
Do ser
passando
no planeta

E por ser
mulher
Nessa missão de transformar
No próprio corpo
a força do viver

Cada dia
mais
Quero
Ser
Mulher

PARTO EM CASA
Parto de Elinezia Costa Sena (Line) atendido pela parteira domiciliar
e enfermeira obstetra Ivanilde Marques da Silva no dia 31/12/2009.
Na foto, Line olha para o bebê que acabou de chegar.
Reportagem no jornal Diário do Comércio e outra fotos:
Foto e Poesia: Michela Brígida /Portal CLICK


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CLARO ESCURO

Eu verso prosa
Feita de imagem
Escrevo fotografia
Poesias simples como a vida

Assim

De domingo, visto roupa
De encontrar com o samba
Vivo na pele escura do mestre de terno branco e sapato bicolor
Claro e escuro

O samba é assim

Antes, enquanto esperava
O trem vespertino na beira da cidade,
Da plataforma, em pé, de salto alto,
Olhei para cima e percebi

O céu todo dia é aberto assim

O sol se foi quando vi a primeira estrela

Clara na noite, brilhar
Sambei e voltei pra casa tarde, no silêncio do escuro
Pra repousar

Eu também sou assim

SAMBA NO PÉ – 2008
Mestre Ananias, o mais antigo capoeirista em atividade em São Paulo
(fez 85 anos em 12/2009) recebe convidados do Recôncavo Baiano
na Casa Mestre Ananias.
Na foto, criança aprende passos observando o mais antigo no samba,
que ensina as tradições orais de geração em geração.
Dessa maneira, o samba de roda vem se mantendo vivo
em sua raiz e memória.
Mais informações:
Foto e Poesia: Michela Brígida /Portal CLICK


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BEIJO

De tão longe
O beijo vem
E em tantos lugares
Já viveu amores
Que não há quem
Não o reconheça
Como o velho encontro
Das almas jovens

O INFERNO SÃO OS OUTROS
Casal de homossexuais Nelson Pereira Matias (à esquerda,
presidente da Parada do Orgulho GLBT em 2003)
e Reinaldo Damião (seu namorado na época da foto),
foto censurada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
A foto foi capa da edição "Intolerância - O Inferno são os Outros"
do Esquinas de S. P., jornal laboratório da Faculdade Cásper Líbero.
As reportagens eram com respeito ao tema e traziam excelente conteúdo.
Sobre a foto foram inseridos eletronicamente uma cruz
e uma estrela-de-davi em forma de brinco,
já que o jornal trabalhava com a Intolerância racial,
de gênero e reliogiosa sendo eixos do trabalho.
Mas a gráfica considerou o trabalho como sendo de "mau gosto"
e não publicou o impresso e mais nenhum material da Faculdade,
rompendo uma parceria de anos.
Esquinas de S. P. – editoras: Michela Brígidida (fotografia);
Carol Cassiano e Julia Ferraz (textos).
Coordenada pelo professor José Arbex Junior.
Foto e Poesia: Michela Brígida /Portal CLICK


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MEDO DE BORBOLETAS

Pequeninas lagartas pretas
Assustaram-me na Melissa
Que costumava inebriar minha varanda

Mãos de couro arrancaram as folhas verdes, ainda
Violento foi o corte como resposta
Elas caíram cinco andares de morte

Só sobraram as folhas da ponta
E uma lagarta protegida por um comentário de
"deixa estar"
Uma só
É só uma marca...

Uma lagarta...

Cresceu num casulo mostrando
os seres que o medo o cheiro pode tirar

Com um simples corte
Quem com tal sorte
arca vivo no presente


REPRODUÇÃO
Quadro do pintor baiano, Marcos Damascena,
conhecido no mercado artístico como o maior
artista hiperrealista de cavalos da América Latina.
Os detalhes característicos de seu trabalho chamaram a atenção
de diversos críticos e marchands, que o consideraram
a maior revelação da pintura hiperrealista brasileira.
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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SEGUE O RIO

Quando ainda se ouvia dizer
De pescadores e índios no rio Tietê
Vivia ele ainda limpo

Há poucos anos
Um dia

Servindo de brinquedo para crianças
E de contemplação para casais apaixonados

Há poucos anos
Em tempo de se notar

Morreram
Os pescadores, os índios, as crianças, os casais e os amores

Segue esse rio hoje como um morto vivo
Sem parar, renascendo enquanto passa pela vida no planeta


TIETÊ
No dia 06/12/2008, na cidade de Salto
(onde está a maior queda d' água do leito do Rio Tietê,
a 100 km da capital paulistana), foi entregue à população o
Complexo Turístico da Cachoeira - um memorial ao longo do rio Tietê.
Na foto, uma obra feita com massa mineral pelo artista Mutilo Sá Toledo. Exposta no Caminho das esculturas, ela mostra um pescador,
tido hoje como um dos "personagens" que viveram
ou contemplaram a cachoeira do Tietê.
(Fotografia realizada para o jornal Diário de S. P, por meio da agência e-SIM
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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ARRANJO DE FLOR / OLOR DE AMOR

Flor
Por
Flor
Pôr
Flor
Com
Por
Com
Flor
Com
Cor
De
Flor


DECORAÇÃO DE CASAMENTO
Arranjo de flor fotografado em salão de festas.
Mais imagens de casamento:
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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CAMINHO DE LUZ

Em cada ser
Há luz
Cercada de luz no caminho...

VISCONDE DE MAUÁ
Floresta no caminho para a região de Visconde de Mauá,
alto da Serra da Mantiqueira,
divisa com o Parque Nacional de Itatiaia,
entre os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Mais fotos de Visconde de Mauá e Maromba:
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK
  

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O PACTO DE MEDIOCRIDADE

Eu quis
porque na hora
em que poderia falar,
calei

Na realidade, eu não queria...
Mas agora quero que você
não queira também

De qualquer jeito!

LES SQUAMES
O espetáculo Les Squames, do grupo francês Kumulus,
apresentado ao ar livre no Vale do Anhangabaú em 2007.
A peça faz uma critica aos africanos presos em gaiolas
e expostos como animais pelos povos colonizadores,
levando o espectador a acreditar que existe
um grupo com aspecto de humanóide
descoberto nos anos 70 nas montanhas da Europa Central.
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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DÚVIDA DA VIDA

Duvida da vida
Devido à vida dúbia,
Dívida de vida dolorida
Da doída dor da idade
De dar a vida Ida

Dádiva da vida

MORTE ANUNCIADA
Em 2008, uma senhora que passou mal
em frente ao teatro municipal de São Paulo
(a menos de 300 metros da prefeitura da cidade)
recebeu massagem cardio-pulmonar durante mais de meia hora.
Após 40 minutos de uma longa espera,
uma ambulância de um hospital particular foi parada
e levou a senhora, já morta, acompanhada de seu filho,
para um hospital próximo.
Em alguns países da Europa, como a Alemanha, por exemplo,
há leis que estabelecem tempo máximo de espera até que
a ambulância chegue no local onde foi solicitada para socorrer o cidadão.
Foto e Poesia: Michela Brígida / Portal Click


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MEMÓRIA

O sorriso é seu
Mas em mim mora, preciso
E vivo de maneira
A lembrar um outro tempo

Sorrio eu
De você, indeciso
Fingindo brincadeira
À espera de um único momento

O sorriso é meu
Mas traz você consigo
Queira ou não queira
A mando de um mesmo pensamento

Que vem ser


SORRISO
Palhaço em trailer de circo tradicional.
Mais imagens do ensaio “Atrás das Cortinas do Circo”:
http://www.flickr.com/photos/brigidarodrigues/sets/72157612923059106/
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK


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DURMO EM CAOS
voltei para fazer o que deveria estar feito antes
fiz e quase meia noite que já era
fim de dia
aconcheguei o caos numa boa noite de sono



FLAGRANTE DE SONO
Senhor dormindo na plataforma de embarque do metrô Barra Funda.
Foto e poesia: Michela Brígida / Portal CLICK